quarta-feira, 4 de maio de 2011

Em Pernambuco, chuva alaga, destrói casas e corta abastecimento

De acordo com levantamento da Defesa Civil estadual, 943 famílias estão desabrigadas e 2.559 famílias estão desalojadas.
Chuvas alagam várias cidades de Pernambuco. Água Preta, na Zona da Mata do Estado, é um deles

 É o caso de Palmares, a 125 km de Recife. Nesta terça-feira, a Defesa Civil começou o trabalho de retirada das famílias de áreas de risco. Segundo o órgão, existem 500 pessoas desabrigadas (que tiveram as suas moradias destruídas) e 6.000 desalojados (que tiveram que deixar suas casas temporariamente).
O rio Una subiu seis metros além de seu normal e transbordou. Além de afetar a população ribeirinha, causou alagamentos nas vias para a cidade. Apenas caminhões estão passando pela BR-101. Em apenas três dias choveu na cidade 206 mm, o que representa 87% do esperado para todo o mês de maio, de acordo com o Laboratório de Meteorologia de Pernambuco (Lamepe).


Camaragibe (região metropolitana do Recife) registrou na madrugada desta segunda-feira a morte de uma mulher. Ela foi atingida, em casa, pela queda de um barraco. Na cidade, a situação é crítica. Várias residências voltaram a ser danificadas ou destruídas por deslizamentos na madrugada desta terça-feira.
No município de Jaboatão dos Guararapes, também na região metropolitana, cerca de 1.500 famílias receberam alerta da Defesa Civil para que deixassem suas casas, que estão sob risco de alagamento devido ao transbordamento do rio Jaboatão.
Recife
No Recife, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o índice de chuva acumulado em maio, até as 9h desta terça-feira, é de 195mm - quase 61% do esperado para todo o mês.
O órgão afirmou que abril foi o mês mais chuvoso dos últimos 33 anos. A precipitação acumulada chegou a quase 650mm, quase o dobro da média histórica. Segundo o coordenador do instituto, Raimundo dos Anjos, isso foi provocado por uma conjunção de fatores.
O principal deles é um fenômeno chamado "Perturbações do Leste". Ele provoca a formação de nuvens e chuvas que atingem a costa brasileira entre Salvador e Natal. Neste ano, ele foi muito mais intenso, provocando grande volume de precipitações. Além disso, há também a questão do aquecimento do Oceano Atlântico, formando nuvens na faixa oceânica que se encaminham, naturalmente, para o continente, no sentido Leste-Oeste. A tendência é que a região registre um grande volume de chuvas, pelo menos, até junho.

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