sexta-feira, 6 de maio de 2011

Encontrada uma caixa-preta do avião da Air France no Atlântico

Gravador achado contém dados do voo, diz órgão de investigação francês; módulo de memória está 'em bom estado físico', divulga o BEA                                        A Força Aérea do Brasil informou neste domingo (1º)  que foi encontrada uma das caixas-pretas do Airbus da Air France que caiu no Oceano Atlântico ocorrido em 1º de junho de 2009, deixando 228 pessoas mortas. Entre as vítimas haviam 72 franceses e 59 brasileiros.

Em seu site, o BEA (Le Bureau d'Enquêtes et d'Analyses), órgão de investigação de acidentes aéreos francês, divulgou nota confirmando a localização. "A equipe de investigação localizou e identificou o módulo de memória que registra os parâmetros do Flight Data Recorder (FDR) às 10h desta manhã GMT (7h, no horário de Brasília) e foi rebocado pelo robô-submarino às 16h40 GMT (13h40 em Brasília)".

O gravador FDR contém os dados de voo. Outra caixa-preta, que ainda não foi encontrada, contém as informações do Cockpit Voice Recorder (CVR), que possui a gravação de voz na cabine.

Segundo o BEA, o gravador "se encontra em bom estado físico", dando aos investigadores a esperança de poder ler os dados que irão ajudar a esclarecer as causas da tragédia.

Na última quarta-feira (27), um "mergulho" do robô-submarino que busca as caixas-pretas do avião do voo 447 encontrou o chassi do Flight Data Recorder (FDR) do Airbus acidentado. A peça foi encontrada sem o módulo que protege e contém os dados gravados do voo. Os investigadores temiam dificuldade em encontrar a célula de dados, já que a caixa-preta havia se desprendido do chassi e poderia ter sido levada pela água do mar ou ficado presa na areia.

O compartimento estava cercado de destroços pertencentes a outras partes do avião.

As buscas pela caixa-preta começaram na última segunda-feira (25) na área onde foram localizados os destroços da aeronave. O BEA considera que uma falha nas sondas (sensores de velocidade) Pitot do fabricante francês Thales foi um dos fatores do acidente, mas considera que só terá a explicação definitiva da tragédia com as caixas-pretas em mãos.

O Brasil está participando da investigação e o coronel da Aeronáutica Luís Cláudio Lupoli está a bordo do navio do BEA em alto mar acompanhando o trabalho com a caixa-preta. Segundo Lupoli, o trabalho está ocorrendo com "transparência". “O Cenipa não está apenas acompanhando a investigação, mas também participando de todo o processo e tem ciência de todos os documentos elaborados internamente pelo BEA sobre o ocorrido”, disse Lupoli.                                                                                                              

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