segunda-feira, 6 de junho de 2011

Projeto que visa criminalizar a homofobia no País fez parte da Marcha para Jesus em Manaus

A Marcha para Jesus, evento religioso realizado no último sábado, reuniu 600 mil pessoas segundo informações do Corpo de Bombeiros no Sambódromo (Márcio Silva )

A polêmica em torno do Projeto de Lei 122, que busca criminalizar a homofobia no Brasil, foi tratada na Marcha para Jesus, evento religioso que reuniu no último sábado 600 mil pessoas – segundo informações do Corpo de Bombeiros – no Centro de Convenções, Sambódromo.
Durante a caminhada, foram distribuidos faixas, panfletos e até abaixo assinado contra o projeto.
As faixas traziam os dizeres “Não a PL 122” e os panfletos chamavam a lei de inconstitucional e pregavam a defesa da família; já o abaixo-assinado, organizado pela Ordem dos Ministros Evangélicos do Amazonas (OmeAM), reunia assinatura das pessoas que participavam da marcha para serem entregues às frentes políticas que discutem o assunto, reafirmando a opinião das igrejas evangélica e católica, contra a PL.
Projeto
O Projeto de Lei 122 é uma proposta desenvolvida pela Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), juntamente com mais de 200 organizações afiliadas, que propõe a criminalização da homofobia, ou seja, torna crime qualquer ação ou fala interpretada como preconceito ao homossexualismo.
De acordo com o pastor Valdiberto Rocha, presidente da OmeAM, o abaixo assinado será encaminhado para a Frente Parlamentar Mista de deputados federais e vereadores que estudam a Lei, questionando alguns pontos do projeto, que segundo ele são inconstitucionais e ferem o direito de expressão.
“Todos somos livres para darmos nossas opiniões, sejam elas relacionada a qualquer assunto. A PL 122 denigre a família e fere a constituição brasileira que nos dá direito de expressão. As pessoas não conhecem todos os pontos da lei, precisam ser informadas sobre todos os pontos para entender porque somos contra”, revela Rocha.
Segundo o pastor a lei se aprovada, por exemplo, permitirá que qualquer homossexual faça um boletim de ocorrência acusando uma pessoa de discriminação, levando a mesma a pena de até cinco anos de prisão, sem ao menos saber se realmente ele foi discriminado ou não, já que a lei o ampara por diversos meios.
Cerca de 200 voluntários uniformizados recolheram assinaturas durante a Marcha para Jesus. Cada um tinha uma meta de conseguir 400 vistos. Atualmente, o projeto tramita na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, sob relatoria da senadora Marta Suplicy, que pretende reformular o texto depois de muitas polêmicas.
Evento superou as expectativas
A Marcha para Jesus que iniciou na Praça da Saudade, onde foi marcada a concentração, foi tomando forma de acordo com que a multidão ia ganhando as ruas de Manaus e terminou, segundo estimativas do Corpo de Bombeiros, com aproximadamente 600 mil pessoas celebrando no Sambódromo.
Segundo o pastor Valdiberto Rocha, o evento superou as expectativas da organização, o que deixou todos contentes por mais um objetivo cumprido, que era de orar e pedir bençãos pela cidade de Manaus.
“Foi uma marcha pacífica, que não reunia apenas evangélicos, mas também pessoas de outras religiões com um único intuito: celebrar a Deus”, disse o pastor. A primeira dama do Estado, Nejmi Aziz, compareceu ao evento e mostrou-se feliz por ver tantos jovens reunidos.
“Fiquei impressionada com a quantidade de jovens marchando para Jesus. Nossa juventude está aqui, hoje, celebrando e fazendo algo para o bem!”. A 1ª Marcha para Jesus de Manaus ocorreu há 18 anos, com a participação de 400 pessoas que percorreram as ruas do Centro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários NÃO são responsabilidade do autor do blog, cabendo a ele a moderação dos mesmos. Comentários como spans, com ofensas, calúnias, qualquer tipo de discriminação, com incitação ao ódio, falta de ética ou que desrespeitem quaisquer outros princípios da boa convivência, poderão ser removidos sem qualquer aviso prévio.